domingo, 19 de maio de 2013

O movimento de cidadãos, Cidadania em Movimento, apresenta esta segunda 

feira, dia 20 de Maio, às 18h, em frente ao Palácio do Raio os candidatos que 


serão os cabeças de lista à Câmara e à Assembleia Municipal de Braga.

Na mesma ocasião serão também divulgados os primeiros nomes que integram 


as respetivas listas, assim como a data do "Fórum Cidadania em Movimento" 


que esta lista de cidadãos irá promover.


A escolha do Palácio do Raio, um dos mais marcantes edifícios bracarenses, 

simboliza a marca que este movimento quer deixar na vida democrática da 

cidade e o compromisso desta candidatura para com a defesa e promoção dos 


múltiplos patrimónios e identidades do concelho.

Esperamos poder contar com a vossa a presença.

Pela candidatura Cidadania em Movimento

sábado, 18 de maio de 2013

Adira à Candidatura Independente


"Grupo de cidadãs e cidadãos quer intervir nas próximas eleições autárquicas"


Um grupo de cidadãs e cidadãos de Braga, mulheres e homens de muitas proveniências, cívicas, culturais e sociais, militantes de várias causas, com ou sem partido, não se reconhecendo inteiramente em nenhuma das candidaturas já anunciadas, decidiu unir-se para considerar as propostas políticas apresentadas e, eventualmente, ponderar, na Assembleia convocada para 26 de Abril e aberta a todos os interessados, a possibilidade de intervir nas próximas eleições para a Câmara e a Assembleia Municipal de Braga.
Unem-se, por isso, em torno de uma conceção de democracia municipal, de uma visão da cidade e de um sentido da ação política que contribua para o bem-estar coletivo e para o exercício de uma cidadania efetiva.
Querem fazer da democracia municipal e da transparência uma prática permanente, em que os mecanismos de consulta e de debate sejam a regra a não a exceção, de forma a criar uma cultura de participação e de envolvimento das populações na vida da cidade.
Numa situação de crise económica profunda, que ameaça perdurar indefinidamente, a prioridade absoluta deve ser colocada na promoção do bem-estar coletivo, numa perspetiva de inclusão social. A promoção de incentivos à economia social, a disponibilização de estruturas coletivas para o autoemprego, a cooperação com as estruturas de solidariedade social, uma atitude ativa de captação de investimento produtivo e de promoção do emprego – tudo isto se afigura como medidas essenciais, a aprofundar e desenvolver no debate democrático a realizar no município.
A construção do bem–estar coletivo corporiza-se numa visão democrática e participativa da ação política na cidade, assente na articulação de vários eixos, em torno dos quais consideramos que devem ser mobilizados os cidadãos:
• A defesa do espaço público como lugar próprio da convivialidade urbana e do usufruto coletivo, preservado da usurpação pelos interesses privados, designadamente da especulação imobiliária. Constituem esse espaço público as praças e ruas da cidade, os parques e jardins, os imóveis do património coletivo e os sítios de interesse municipal.
• A promoção do espaço urbano e a regulação da mobilidade urbana, a reabilitação das casas e edifícios arruinados um pouco por toda a cidade, a garantia da qualificação dos transportes urbanos, a promoção de formas de mobilidade alternativa.
• A transformação da cidade de Braga num efetivo pólo cultural, em diálogo com as cidades vizinhas e/ou culturalmente relevantes (Barcelos, Famalicão, Guimarães e outras; Porto, Viana do Castelo e Santiago de Compostela), procurando realizar iniciativas articuladas. Construir a programação e ação cultural do Município numa perspetiva alargada de convivialidade urbana e de participação no planeamento da iniciativa cultural.
• A adoção de uma política de controlo ambiental, visando diminuir os gastos energéticos da cidade, promover práticas de preservação e reabilitação ecológica
Estas linhas de orientação não constituem um programa, mas já dizem ao que vamos e que método de ação política propomos:
Participação ativa e com implicação de todos, em tudo.
Uma cidade mais pública, menos vulnerável à apropriação privada, com maior qualidade de vida, mais solidária, mais comprometida com o seu próprio destino.
Cidadãs e cidadãos mais empenhados, mais participativos, mais solidários.
Braga, cidade da cidadania ativa.

>>> Para ADERIR, enviar para - forumcidadania.braga@gmail.com - Nome; idade; profissão e freguesia onde se encontra recenseado.<<<

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Por onde anda o pudor dos políticos?


Da edição on-line do "Público" de hoje, da autoria de Samuel Silva:

Os prédios que a Câmara de Braga pretende expropriar para construir a nova Pousada de Juventude da cidade pertenceram à filha do presidente da autarquia, Mesquita Machado, até à semana passada.
Os imóveis foram vendidos a uma imobiliária da cidade e, quatro dias depois, foi iniciado o processo de aquisição dos terrenos situados junto ao Convento das Convertidas, no centro da cidade. Os documentos da 1.ª Conservatória do Registo Predial são claros, dando conta da transmissão da propriedade dos dois imóveis para a empresa Urbimodarte no dia 30 de Abril (terça-feira da semana passada).
Os prédios tinham sido comprados, em 2010, pela filha de Mesquita Machado e pelo marido, e está hipotecado, como garantia por um crédito concedido ao casal em 2011, com um montante máximo assegurado de 2,7 milhões de euros. Segundo os registos da Conservatória de Braga, os edifícios continuam hipotecados. Caso avance o pedido de expropriação dos mesmos, a hipoteca será o primeiro elemento a ser liquidado pelo dinheiro público envolvido no negócio.
Quatro dias após a venda dos prédios pela filha e o genro de Mesquita Machado, a autarquia deu início do processo de expropriação dos mesmos, num processo declarado “urgente” e em que é evocado o “interesse público” da sua localização. O documento será votado na reunião do executivo municipal desta quinta-feira.
Entretanto, o caso foi denunciado pelo Bloco de Esquerda (BE) de Braga, que divulgou os mesmos documento a que o PÚBLICO tinha tido acesso. O deputado municipal do BE, António Lima considera que, por estar em fim de mandato, “Mesquita Machado está a ter as últimas oportunidades para desenrascar amigos e familiares” e que só essa condição justifica a urgência dado ao processo quando ainda não há certezas da existência de financiamento para a Pousada de Juventude. Os bloquista vão comunicar o caso ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.
A Pousada de Braga era uma das obras da Capital Europeia da Juventude, estando prevista a sua construção junto ao Convento de S. Francisco, na freguesia de Real, numa área mais periférica da cidade. A obra não teve ainda o apoio comunitário previsto para viabilizar a sua construção e, nos últimos meses, começou a ser veiculada a hipótese de um novo local para a sua instalação.
Durante um debate organizado pela associação Braga Mais sobre o futuro do Convento das Convertidas, na Avenida Central, o vereador do Urbanismo, Hugo Pires, deu conta da abertura da Câmara para estudar a utilização do imóvel para a instalação da Pousada.
Dias depois, Mesquita Machado falava num “grande projecto” para o local, envolvendo todo o quarteirão. O presidente da Câmara envolveu-se pessoalmente na ideia, tendo inclusivamente reunido com o Ministério da Administração Interna (a quem pertence o edifício) para garantir a sua cedência ao município.  Agora, o autarca não comenta para já este caso, devendo apenas pronunciar-se sobre ele amanhã, no final da reunião do executivo municipal bracarense.