quarta-feira, 25 de março de 2020

COVID-19: contenção e mitigação. E depois?

Num momento em que o nº de mortes pela COVID-19 está em fase crescente, e que a resposta por parte do Serviço Nacional de Saúde não é fácil, é essencial  que cada pessoa e família se assuma como interveniente direto no combate a esta pandemia. Evitando contágio e cumprindo as regras de quarentena.

NÍVEIS DE ATUAÇÃO FACE A UMA PANDEMIA
CONTENÇÃO
As medidas de contenção são aplicadas no início de uma pandemia para evitar o contágio. Acontece enquanto só há casos importados.
. O Decreto-Lei nº 10-A/2020, de 13 de março, estabeleceu medidas excecionais e temporárias relativas à situação epidemiológica do novo Coronavírus — COVID 19, nomeadamente o encerramento de escolas e limitação de acesso a determinados espaços, o cancelamento de eventos, etc.
O distanciamento social foi a solução, de modo a impedir que pessoas que foram infetadas, mas não apresentam/ou ainda não apresentaram sintomas, possam contagiar elevado número de pessoas. Exigindo que a população mantenha a distância de segurança (1 m parece ser insuficiente) e cumpra regras de higiene das mãos e de espaços comuns e privados.
Alguns países/cidades conseguiram controlar a COVID-19 pela contenção, fazendo testes que permitiram identificar os doentes, isolando-os e tratado-os.
MITIGAÇÃO
Inicia quando o vírus se espalha na comunidade e as pessoas começam a manifestar doença contraída em espaço nacional. O isolamento de casos suspeitos e confirmados, em casa, bem como a quarentena doméstica de quem reside no mesmo local, além de distanciamento social do grupos de risco - idosos, doentes crónicos (hipertensos, os diabéticos, os doentes cardiovasculares, os portadores de doença respiratória crónica, os doentes oncológicos e imunodeprimidos - são soluções adotadas em alguns países. Reduz o pico da epidemia e o nº de mortes, embora se saiba que não é possível evitar todos os contágios.
O Decreto nº 2-A/2020, de 20 de março, que executou o estado de emergência em Portugal, define medidas que têm em vista o Dever especial de proteção, o Dever geral de recolhimento obrigatório, a suspensão de atividades, etc.
Pressupõe a adesão da população, cumprindo as regras de higiene social definidas, e um forte controlo por parte das forças de segurança no sentido de fazer cumprir a Lei.
Por vezes a contenção e mitigação são insuficientes para diminuir o contágio, caso a população não reconheça a importância das orientações oficiais e/ou as forças de segurança não atuem por antecipação. E, também, se as medidas forem aplicadas demasiado tarde.
SUPRESSÃO
É uma forma mais radical de combate ao vírus, que tem em vista impedir cadeias de transmissão: contágio pessoa a pessoa. Pode implicar o isolamento de localidades; a aplicação de testes de despiste de infetados, em larga escala, a quem contactou com doentes confirmados; medidas de distanciamento social de casos confirmados em "hospitais/espaços de tratamento", etc.
Evita uma propagação descontrolada, que seria rápida e com danos elevados, tanto nas famílias como nos profissionais de saúde e, obviamente, no SNS.
Recorde-se que estamos em estado de emergência até 2 de abril. Para já.
A necessidade de uma credencial para permitir sair de casa ou o aviso prévio, através de nº pré definido, para quem sai e regressa a casa (para comprar alimentos e medicamentos ou ir ao médico), são soluções adotadas em alguns países.
Quais os recursos necessários e as implicações desta opção? 
Qual o impacto do adiamento desta fase?
Haverá outras soluções?
Devemos ter presente que:
  • o coronavírus atinge de forma violenta os grupos de risco, apesar de, para a restante população, ter impacto menor, reduzido ou nulo; 
  • algumas pessoas não se apercebem que foram infetadas (são assintomáticos), ou apresentam sintomas ligeiros, mas são potenciais transmissores da COVID-19 aos grupos de risco; 
  • os profissionais de saúde entram em esgotamento rapidamente, caso o  nº de casos com insuficiência respiratória grave se avolume; e muitos ficam em quarentena devido a contágio.
  • ainda não há vacina, que é a solução mais rápida para a imunização da população; até lá é essencial reduzir a taxa de letalidade (nº de mortes entre os infetados) durante o processo de imunização da comunidade. 
Deixamos este assunto a reflexão... sabendo que é essencial:
  • que cada pessoa/família colabore no combate ao SARS-CoV-2 (coronavírus que causa a COVID-19)
  • que as pessoas desenvolvam imunidade a este coronavírus. 






O Plano Nacional de Preparação à Resposta à Doença pelo Novo Coronavírus (COVID-19) prevê os níveis indicados nesta página:


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